A atriz americana de teatro e cinema Aline McMahon viveu 92 anos, mais de 50 anos dos quais dedicou ao seu trabalho criativo. No filme, McMahon desempenhou principalmente papéis coadjuvantes, mas eles foram tão brilhantes e memoráveis que ela foi indicada ao prestigioso Oscar. Na carreira cinematográfica da atriz, a imagem de mães e avós, surgida nos anos 1930-1940, tornou-se a mais conhecida.
Infância e primeiros anos de Aline McMahon
Aline Lavigne McMahon nasceu em 3 de maio de 1899, filha de William Marcus McMahon e Jenny Simon McMahon. Seu pai trabalhava como editor-chefe de uma revista de circulação, e sua mãe era uma atriz de teatro que começou sua carreira aos 53 anos e viveu até uma idade muito avançada - 106 anos. Apesar de seu sobrenome escocês, McMahon tem raízes judias, irlandesas e russas na árvore genealógica.
Quando a menina ainda era muito jovem, a família decidiu se mudar para o Brooklyn. Mais tarde, Aline estudou na Escola de Nova York e em 1920 se formou no prestigioso Barnard College - uma faculdade feminina de artes liberais, fundada em 1889 e em funcionamento até hoje.
Carreira como atriz de teatro
Pouco depois de terminar seus estudos, Aline McMahon desenvolveu um interesse em atuação e decidiu tentar seu talento no teatro local. A estrela em ascensão foi calorosamente recebida pelo público e, em 1921, Aline foi para a Broadway, onde interpretou um dos personagens da produção de Mirage.
Ao longo da década de 1920, Aline seguiu uma carreira teatral de sucesso na Broadway, muitas vezes interpretando personagens cômicos. Em 1926, ela provou a si mesma e ao público que seu talento é multifacetado, e lidou brilhantemente com o papel dramático na peça Beyond the Horizon, de O'Neill Eugene, que revela a história de uma mulher por quem dois homens estão apaixonados.
O famoso dramaturgo e ator da época, Noel Coward, descreveu Aline McMahon como uma atriz "incrível, tocante e bela". O jornalista e crítico americano Alexander Woolcott elogiou o talento de McMahon e a descreveu como "uma atriz viva com uma aparência atípica, em cujo desempenho o público acredita".
A carreira criativa de Aline McMahon se estende por quase 55 anos, durante os quais participou de diversas produções, performances e adaptações de livros. A maioria dos papéis desempenhados pela atriz foram recebidos com entusiasmo tanto pela crítica quanto pelos espectadores.
As obras teatrais de maior sucesso de Aline McMahon foram:
- a peça de Maxwell Anderson "Véspera de São Marcos" (1942-43) - um drama de guerra;
- uma peça cômica de T. S. Eliot's Personal Secretary (1954) sobre um rico empresário que decidiu trazer seu filho ilegítimo Colby para sua casa e contratá-lo como escrivão secreto. Essa decisão dá origem a muitas situações cômicas na família.
- Uma peça do dramaturgo irlandês Sean O'Casey "On the Threshold" (1956) sobre a história de vida de um adolescente de Dublin.
A carreira cinematográfica de Aline McMahon
A primeira estreia no cinema da atriz ocorreu em 1931 no filme "The Last Five Stars", interpretando o papel menor de Miss Taylor.
No início de sua carreira, a atriz muitas vezes conseguiu o papel de secretárias do mal ("A Voz da Lei", "Os Mineiros de Ouro de 1933").
Ao longo de sua carreira no cinema, Aline McMahon recebeu apenas papéis coadjuvantes.
Em 1932, a atriz estrelou a comédia Once in a Lifetime, interpretando a heroína May Daniels.
Decidindo se afastar do estereótipo, Aline McMahon apareceu em vários filmes dramáticos memoráveis "Silver Dollar", "The Life of Jimmy Dolan", "Babbit", "Oh, que absurdo!".
Em 1933, Aline McMahon foi nomeada uma das 10 atrizes mais elegantes, junto com Katharine Hepburn e Helen Hayes.
Na década de 1940, a atriz voltou a papéis menores, mas os desempenhou tão bem que, pela imagem da mãe chinesa Ling Tang no filme "Dragon Seed", foi indicada ao Oscar pela primeira vez em sua carreira.
Na idade adulta, Aline McMahon começou a incorporar na tela imagens de mães e avós, por exemplo, como no drama biográfico "As Histórias de Eddie Cantor" ou no melodrama "A Coroa de Diamante do Bórax".
Em 1950, Aline McMahon assumiu o cargo de diretora de teatro, onde se envolveu principalmente na produção e produção de espetáculos.
Entre as últimas aparições da atriz no cinema estava o filme dramático "All the Way Home", que fala sobre um menino e sua mãe, que conta ao filho a triste notícia da morte de seu pai. Aline McMahon interpretou a tia Anna no filme. No mesmo ano, a atriz estrelou o drama musical "I Could Keep Singing" com Judy Garland, após o qual McMahon voltou a trabalhar no teatro.
Walter Kerr, um escritor americano, publicou sua resenha sobre o trabalho da atriz no The New York Times: “Eu assisti o trabalho de Aline McMahon por muitos anos, e sua atuação sempre me satisfez. Às vezes mais, às vezes menos, mas, mesmo assim, sempre”.
Vida pessoal da atriz
Aline McMahon casou-se tarde. Em 1928, ela se casou com o arquiteto nova-iorquino e defensor da ecologização urbana, Clarence Stein (1882-1975). O casal viveu junto por 47 anos, até a morte do marido da atriz em 1975, aos 92 anos. Não houve filhos do casamento.
A aparência incomum da atriz, sobrancelhas grossas, pálpebras pesadas e um olhar melancólico, inspiraram a escultura americana de origem japonesa Isamu Noguchi a criar um busto de mármore, e o fotógrafo britânico Cecil Beaton a criar fotografias magníficas.
A atriz participou de organizações de caridade.
Aline McMahon morreu em 12 de outubro de 1991, sete anos após a morte de sua mãe, em sua casa na cidade de Nova York de pneumonia. A atriz tinha 92 anos.